quinta-feira, 22 de fevereiro de 2007

Minha Anja

Quando eu era estudante, acredito que eu estava na quarta série, a professora desenvolveu um método para ter êxito no seu trabalho: Ela dava alguma lembrança como: balas, biscoito, pirulitos e etc. Eu tinha nojo daquela professora pois ela tinha os dentes podres, embora muito querida como pessoa. - Eu nunca fui um bom aluno, alias eu nem tinha caderno e comprei um somente para usufruir dos brindes dela, já que os meus colegas ficavam esfregando os brindes na minha cara. Foi então o dia que eu finalmente ganhei um brinde: por ter caderno e em dia! –Recebi um beijo da professora como gratificação e fiquei furioso, pois os meus colegas riram muito de mim. –Terezinha, você me paga!

Considerei, apesar de tudo esta professora uma Anja, pois ela com toda a sua força de vontade conseguiu me empurrar para frente. Por bem ou por mal ela me fez estudar a matéria e passar de ano.

Hoje eu tenho uma Anja presente todos os dias na minha vida: minha namorada. Ela conseguiu fazer eu acreditar novamente num relacionamento e nas pessoas. Ela está presente até nas mais insólitas aventuras como: viajar de moto para Florianópolis, pegando a BRIOI (BR 101) com chuva, vento forte e buracos (isso sim não faltava). Não posso esquecer de mencionar que ela me aturou quase um mês no RJ , andando de ônibus para cima e para baixo: de qualquer ponto a outro eram 2 onibus e duas horas de viagem no mínimo. Ela com toda a certeza mostrou-se disposta a tudo.

A minha Anja, minha namorada, quero sim gratificá-la com muitos beijos. Gostaria que todas as pessoas tivessem as suas Anjas para gratificar e ser gratificado.

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2007

Sorte X Revés

Quem nunca jogou banco imobiliário? - Acho este jogo fantástico, alías podem ler o que eu escrevi sobre “Sou quase um rico”. Neste jogo tem as cartinhas Sorte ou Revés: incrível a capacidade deste jogo imitar a vida.

Acredito que em cada dia estamos predestinados a ter sorte ou revés, embora acredite que diariamente tenho muito, muito, muito, mas muito mais revés do que sorte. Assim creio que os Deuses ficam jogando com as nossas vidas: aqueles caras com barbas enormes e cabelos brancos bebendo e se divertindo com as nossas vidas, enquanto isso vivemos a nossa vidinha medíocre premeditada por estes alcoólatras chamados Deuses. - Será que eles realmente existem?

Vamos ao jogo. Anteontem, tive um revés! - que novidade - o porco do vendedor que me vendeu as cerâmicas para a reforma da casa calculou errado a metragem do chão da cozinha e da lavanderia. Na incumbência de negociar com o cara uma forma barata de trocar algumas caixas de azulejos por outras e pagando muito pouco pelo transporte, resolvi ir pessoalmente negociar com o cara - logicamente querendo perder o menor tempo possível, pois estava no horário de almoço. Subi na cadeira elétrica e fui o mais rápido possível, até que tive um imprevisto: a moto estava com fome e ia desmaiar antes mesmo de chegar ao seu destino. Entrei no posto o mais rápido possível, quase atropelei o corno do gasolinero (este pertence a super classe dos profissionais ruins que não devemos ter respeito) - travei as rodas da moto em frente a bomba de gasolina e ao descer da motoca me deparo com uma nota de 50 reais no chão. Peguei a nota e guardei no bolso, pois achei que era algum tipo de pegadinha. Ao chegar na loja de azulejos resolvi conferir para ver ser era original. - Caralho! A nota era realmente original! Fiquei tão feliz que cheguei até mesmo a sorrir! - Poxa! Não me recordo a ultima vez que sorri. Acho que os Deuses beberam demais e me confundiram com algum rico.

Hoje, bem cedo, tive um revés! - ah! tudo dentro do esperado - a minha namorada veio da cidade dela: Santiago. Por comodidade disse para ela pegar um táxi na rodox e quando chegasse eu pagaria o taxero. Quase cai duro ao ver o valor que marcava o taxímetro: 18,50 R$. Comecei a xingar o Filha da Puta: Seu ladrão! Como pode dar um valor desses? Tu tá me roubando - ladrão. No final das contas paguei o Filho da puta, mas pedi o recibo e anotei todos os dados do cara, que com muita falta de educação não queria que eu anotasse. - Anotei. Ao sair do táxi lacrei a porta do cara e xinguei mais um pouco o filho de uma égua.

Ao chegar no trabalho estava mais que disposto a dar um revés para o taxero - fiz uma queixa nos multeros: aqueles caras que se vestem de azul, atrapalham o transito, adoram multar todo mundo e somente porque podem exercer alguma coisa no transito acham que são puliça (policiais). Vamos aguardar alguma providência.

- Estamos de olho!

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2007

Reforma faraônica

Antes de começar a reformar a minha casa, fiz uma pesquisa minuciosa. Analisei desde o valor da mão de obra, materiais, procurei ler bastante sobre como deve ser feitas cada coisa e opiniões de pessoas que já passaram por este momento traumático algum dia. - Fiz um estudo de caso completo.

Não me causaram surpresas ao saber à opinião das pessoas: Nenhuma viva alma disse que foi tranqüilo reformar e que tudo tenha saído dentro do esperado. Existe ai uma concepção do que é ser um profissional. Neste caso esqueça tudo que aprendeu sobre administração, gerencia de projetos e economia.

A minha pesquisa de preço foi útil, consegui prever junto com os imprevistos da obra o valor muito aproximado. Errei só por 10% o valor, logicamente que para cima.

Existem classes que não devemos ter respeito como: obreiro, moto puto, onibeiro, taxiceiro, butijoneiro de gás, etc. Sei o quão é difícil lidar com esta raça. A única psicologia que existe é a do dinheiro. -Esqueça companheirismo, solidariedade, ética, honestidade e tudo que um cidadão decente deve ter. A melhor maneira de tratar estes indivíduos é como se fossem cachorros: Não fale, grite! Não agradeça, xingue!

Após quase ter um ataque cardíaco de tanto estresse, construí uma frase que usarei pela resto da minha vida: - Pedreiro bom é pedreiro morto.