segunda-feira, 2 de abril de 2007

Merdas Acontecem!

Esta, com certeza, seria uma história digna de um Oscar. Talvez pela estupidez. Infelizmente a história é real e por muita sorte, mas muita sorte mesmo, ninguém saiu ferido. Agradeço a todos que de alguma forma ajudaram a resolver o problema.

Neste ultimo final de semana, convoquei um amigo meu para limparmos o quintal, visto que, ao final da obra (Graças a deus terminou) restou uma montoeira de entulho. Soma-se a isso as duas arvores que eu desmatei. Sei que sou uma ameaça à natureza, assim contribuo para o aquecimento global.

Mas a natureza se vinga. Querendo eliminar os galhos de uma maneira simples, decidimos colocar fogo. A idéia parecia maravilhosa, quando mais colocávamos Diesel e Gasolina na fogueira, mais rápido os galhos desapareciam. A idéia parecia perfeita, até que então olhei para o horizonte.

-Cara! Acho que aquela árvore está pegando fogo.

-Qual?

Ficamos estarrecidos e sem saber o que fazer. Uma árvore antiguíssima e enorme da casa do vizinho estava em chamas. A árvore já está morta, entretanto ficaram os enormes troncos que devem medir 20 metros de diâmetro –isso mesmo, 20 metros, deve estar aqui desde a descoberta do Brasil.

Acabou a brincadeira, o negócio tornou-se perigoso. Pegamos baldes, mangueira e tudo que pudesse servir para apagar o fogo da árvore. Infelizmente o fogo estava sem controle. – Chamamos os bombeiros.

Enquanto isso os outros vizinhos estavam ajudando com mangueiras a apagar o fogo, pois o maior perigo estava ao lado, pois havia outras árvores que se pegassem fogo ameaçaria certamente a minha casa e a deles.

Depois de ligar 5 vezes para os bombeiros e insistir muito para eles virem. O atendente fazendo corpo mole dizia que o meu endereço não existia. Disse a ele como chegar, mas infelizmente o endereço teria que existir no sistema. Felizmente a múmia achou o meu endereço.

Após 40 minutos (QUARENTA MINUTOS), vieram os bombeiros com a sirene desligada. Ouvi o barulho de um caminhão que estava passando na rua. Desci da árvore e corri atrás do caminhão que já estava de saída, pois os bombeiros achavam que se tratava de um trote.

Os bombeiros pareciam não ter pressa. O bombeiro era um velho, aproximadamente 60 anos. Quase tive que ajudar o cara a subir as escadas da minha casa. Quando ele finalmente chegou lá em cima na minha casa e visualizou o problema.

-Bah! A árvore está pegando fogo!

-Sim, foi por isso que te chamamos.

-Bah! Mas vamos ter trazer a mangueira até aqui em cima.

-O Sr. Tem uma idéia melhor?

Ajudamos a carregar e a desenrolar a mangueira (Era enorme!). O bombeiro começou a apagar o fogo e logo comecei a ficar mais calmo. O bombeiro virou para nós e disse:

-Bah! Alguém tem que subir na árvore!

Ficamos olhando para o bombeiro.

-Bah! Sobem vocês que são mais novos.

Diante da situação, o avô (bombeiro), com toda certeza não conseguiria subir na árvore. -Eu tenho medo de altura, mas nem pensei duas vezes. Subi na árvore em brasas e por um descuido, quase fui ao chão. Percebi, que poderia ter sido o meu fim, visto que estava a uns 10 metros de atura.

Após despejar meio caminhão de água, o bombeiro disse que teríamos que cortar os pedaços altos da árvore, pois o fogo estava dentro da árvore. –Logo pensei: me fudi! Aquele bombeiro preguiçoso ia mandar a gente mesmo cortar a porcaria da árvore. Enfim, para a minha sorte chamaram outra equipe que disponibilizava de uma moto serra.

Contudo, para todo show deve existir a platéia: Todos os vizinhos estavam apavorados vendo a situação. Entretanto, ninguém ajudou.
Chegou a equipe e mais uns 12 bombeiros para cortar a bendita árvore. Quatro horas depois o fogo estava controlado.

Após algum tempo e mais calmo, tive a oportunidade de reaprender um dito popular: Quem mexe com fogo, faz xixi na cama. Ou no meu caso, sai queimado.

Um comentário:

Anônimo disse...

Cara,
No final de semana eu estava tranqüilo passeando com a patroa pela Protásio Alves, quando entrei num super engarrafamento. Depois de muito esperar, é que pude finalmente ver que o engarramento era provocado por um pobre velho, gordo já meio com cara de pé-na-cova que andava lentamente pela pista da esquerda dirigindo um carro de bombeiros enquanto pedia informações e procurava um endereço anotado num pequeno papel.